sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

O verdadeiro sucesso educativo

Já aqui tive oportunidade recentemente de alertar para o modo como os alunos se expressam e o cuidado que põem na realização de trabalhos que implicam a capacidade de expressão. Não voltaria a falar do assunto se não considerasse a situação demasiado grave.

Depois da mensagem publicada em 25 de Novembro, volto a citar as respostas de alunos (que não identificarei), a frequentar o 8º ano - 13, 14 anos de idade.

Uma das perguntas propunha uma comparação entre métodos de montagem (depois do visionamento do documentário "The magic of moving editing".
Respostas:
"A montagem invisivel invisivel e corto que feito ou seja mudança que de plano no qual o publico nem nota e tem regras enquanto que o corte utilizado nos filmes russos... não tem regras porque o montador aventava-os". Literalmente assim. Ou então:
"D. W. Griffith na montagem não se nota ou ouve o corte e no nouvelle vagme a montagem nota-se o corte e ouve-se". Convido alguém a explicar o que isto significa.

Outra questão:
Como evoluiu o papel do montador ao longo da história do cinema?
Respostas:
"O montado foi sempre melhorando o papel ao longo da história do cinema". Esta repete-se. Mas há mais:
"O montador monta a história por ezemlo se houver partes que estão mal ele cortas em alguma parte do filme ou nem chega a utilizalas".
"O trabalho do montador consiste em trabalhar para melhorar o último take".
Divino. Também apareceu uma resposta dizendo que consistia em escolher os actores.

Posto isto, pergunta-se: serão só os meus alunos? Aqueles que no próximo ano lectivo terão um exame a Língua Portuguesa?

Uma vez que ninguém lê isto, posso aqui afirmar que no fim vou dar boa nota a todos para ninguém me chatear. Ou não estarei certo?

Vou tentar dormir que se faz tarde!

PF

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Olha, voltou Jacques Tati!


Está quase a sair "L'illusionniste" de Sylvain Chomet, depois do sucesso de "Les tripletes de Belleville. É ao mesmo tempo uma homenagem e a recuperação de uma história de amor de pai (Tati) à sua filha. Excelennte animação tradicional. Imperdível!
PF

domingo, 12 de dezembro de 2010

Finalmente chegou a edição em DVD da primeira longa-metragem de Manoel de Oliveira. É pena que a projecção em sala de "Aniki-bobó" apenas esteja prevista para Lisboa e Porto. Cá esperamos uma surpresa do Cineclube de Faro um destes dias. Entretanto, podemos deliciar-nos a ver na televisão. Mas não só... Nesta edição está incluído o seu primeiro filme "Douro faina fluvial", que os nossos alunos do 8º ano já ouviram falar, a propósito de "Manhatta". Eis uma excelente prenda de Natal. E, já agora, parabéns a Manoel de Oliveira - com 102 anos e a fazer filmes. É obra!

P.F.